Clínica médica, dermatológica, medicina estética, cirurgia dermatológica e biomodulacao hormonal. CRM - MG-51132.
Farmacêutica e bioquímica. Homeopata e especialista em medicamentos manipulados.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Combate a Obesidade Infantil


 


Estive participando do Seminário de Combate a Obesidade Infantil, na terça-feira, dia 25/06, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. Verdadeiramente, eu já venho provocando o debate do tema tanto na rádio como em palestras. 

Segundo o IBGE, os números são alarmantes. De 1989 até hoje, o percentual de sobrepeso em crianças de 7 a 12 anos passou de 15% para 34% nos meninos e de 11,9% para 32% nas meninas. Ou seja, o crescimento foi estrondoso, praticamente triplicou. Isso é grave, sério e preocupante. 

Temos que agir e rápido, tanto no direito quanto na medicina. Ambos não socorrem quem dorme. O objetivo é de realçar o que realmente engorda e tentar despertar na política pública, na comunidade, na escola e na família a consciência de que esse é um problema que atinge milhares de crianças em todo o país. 

Mudar exige atitude frente ao conhecimento da realidade que se apresenta. Saímos da condição de morte por fome e morremos um pouco a cada dia pela desnutrição causadas pelo excesso de calorias vazias.

Dentre as causas de SOBREPESO E OBESIDADE citamos alguns fatores: 

1) EMOCIONAL: 
Em todas as etapas da nossa vida, há sempre aqueles momentos que buscamos o alívio nos alimentos. O alimento se torna compensatório para as frustrações, para as perdas, para as decepções, para as mágoas. Então, durante a nossa formação, tudo pode representar-se por comida, com alimentos que, na maioria das vezes, não são nutritivos. 

2) Armadilhas de QUEM COMPRA os alimentos;
A responsabilidade de colocar o alimento na mesa é nossa, de nós adultos. Então, quando vamos ao supermercado, temos que deixar de lado as armadilhas. Temos que parar de encher o carrinho de guloseimas compensatórias. Sabe aqueles biscoitos recheados, chips, doces, bombons, refrigerantes, pizza e uma infinidade de produtos industrializados? Deixe todos eles nas prateleiras, a maioria deles são vazios de nutrientes, hipercalóricos e lotados de conservantes, edulcorantes, estabilizantes e tantos outros “antes” que vão subtrair nossa saúde ao longo dos anos depois. 

3) O apelo exagerado dos comerciais de TV em horários de programas infantis
A um clique das nossas mãos estão controles remotos mas não temos tempo para policiar essa situação e nossas TV’s continuam a bombardear nos intervalos, principalmente, nos horários infantis com todo o tipo de guloseimas... é o chocolate sem parar, o bis, pizzas com guaraná em porções pouco econômicas, criando desejo através dos hormônios que são liberados pelo nosso cérebro. O exagero das imagens perde terreno para a realidade. 

4) Leis que proíbem alimentos hipercalóricos e recheados de calorias vazias ainda não são realidade nas escolas.
Escolas particulares e até mesmo públicas, apesar da lei proibitiva, continuam a oferecer cardápios ultracalóricos em suas cantinas e lanchonetes, esses “alimentos” vão desde o ki-suco ou suco artificial, cachorro quente, coxinhas encharcadas de gorduras trans, enfim um festival de “besteiras” cheias de corantes que verdadeiramente saciam temporariamente. 

5) Vendedores ambulantes nas portas das ESCOLAS;
Na porta das escolas sempre tem um vendedor ambulante de doces, balas, chocolates , algodões – doce, chicletes, pirulitos e cachorro-quente. O vendedor, ao ver a criança com a nota de R$ 5,00 sempre convence, com o sábio poder de persuasão a levar mais isso e mais aquilo. E a criança, sem noção, sai dali com as mãos cheias, a se esbaldar e os pais sem controle do que acontece não observa o dano gerado e que na maioria das vezes, vira um hábito e que agrava a cada dia que passa. 

Nossas famílias estão comendo menos arroz e feijão. A terra está ficando pesada, a saúde das nossas crianças, adolescentes está a beira do caos. Aqui, neste país farto e abençoado por Deus, a miséria do desconhecimento continua. Não investimos em prevenção, não educamos para a alimentação correta, saudável e benéfica e sucumbimos ao ônus das doenças às vezes, limitantes como é o diabetes, a Hipertensão, a esteatose hepática e tantas outras comorbidades coadjuvantes além da síndrome plurimetabólica. Morremos pela boca, todos os dias. 

Até quando vamos continuar banalizando os valores dos alimentos e bebidas? Por que Deus com sua sabedoria plena não criou os conceitos alimentares dos dias atuais, não está nos anais bíblicos, não criou o refrigerante. Abrindo um parêntese para explicar o inocente refrigerante, tem pH 2,5 e o pH do nosso sangue é 7,5 para esse veneninho entrar para a nossa circulação o organismo terá que fazer o maior esforço equilibrar esse pH. Simples... basta tomar 32 copos de água da boa para compensar um copo de refrigerante. 

Só e somente só, iremos corrigir essa situação quando nossas famílias, escolas, comunidade e entidades governamentais decidirem, juntos a equipes multidisciplinares em saúde – quem quer ter a alimentação como fonte de nutrição terá que arregaçar as mangas e ir ao trabalho porque com esse foco trabalharemos a esperança de um mundo melhor. 

Boa leitura. 

Até.

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